domingo, 29 de dezembro de 2013

Ai!

Aiapraia! 
Eiareia!
Soueu
Sim, mim.

Tita 29/12/2013

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Palavras em pó


Surgiam com abundancia fagulhas que, desprendendo-se do pensamento, iluminavam folhas de papel. 
Se a mim voltarem não deixarei de pegá-las e prende-las com muito cuidado pois que fagulhas, se as queremos prender, desmancham-se e se transformam em pó.
Não as deixarei fugir. 
São como um dom que preenche, um arrepio enorme que enche o ventre, transforma-se em vento e vomita sensações fortes e cheias de raios. 
Vez por outra um raio mais veloz ultrapassa todas as barreiras e é capaz de transmitir levezas.
Quero agarrar-me a ele e sair em buscar das bolas cheias de palavras que costumavam espalhar-se por todos os cômodos a convidar-me a pegá-las uma a uma, separá-las e deixar que pousassem no papel em lugar certeiro e infalível, ao qual pareciam ter sempre pertencido.
Tita 09/12/2013

Tudo a ver
A cabeça é como uma taça que pode estar cheia ou vazia. Se estiver cheia com seus próprios pensamentos, todas as maravilhas do mundo lhe serão inúteis: derramarão pela borda, como água que se derrama pelas bordas de um copo já cheio. Para se poder ver é preciso parar de pensar.
Rubem Alves em "Retorno e Terno" (campos e cerrados)