O blog vai para a praia novamente.
Na praia vira caderno que pode ou não voltar com páginas escritas.
No fim de ano passado rabiscou-se, além de em cadernos, em livros, guardanapos, pedaços de papel.
Nas férias o blog cria ou apenas pensa.
E lê bastante, abastecendo-se para re-escrever a vida, inventá-la ou criá-la de outro modo.
Na água do mar o blog se re-nova e volta novo para todo o novo que a cada ano deve vir.
Para encerrar o ano e despedir-se de todos, o blog re-pete postagem antiga homenageando um amor diferente de todos os outros pela sua propria essencia, pelas trapaças da vida, pelos revezes do destino e que, ao longo do tempo, tornou-se uma grande amizade.
Em 2009 meu amigo se foi.
Amigo que trouxe alegrias e também tristezas das maiores que já tive. Porque amigos são assim. Nós os amamos e podemos por vezes odiá-los. Eles nos fazem mal algumas vezes, mas quando teem a coragem de nos olhar, entender o que nos causaram e procurar re-cuperar o bonito que tínhamos em comum (mesmo que nada volte a ser igual a antes), o amor mutuo se re-instala o bonito se re-nova a gente se re-vê e aprende cada vez mais.
Com meus amigos aprendo.
Com meu amigo ido aprendi muito e me lembrarei sempre do tilintar dos sinos que deixo aqui para vocês com o desejo de que tenham todos em sua vida, um tilintar sempre re-petido e re-corrente.
O tilintar dos sinos

Lembro-me dele como de um tilintar de sinos.
O sorriso sempre presente, os apartes engraçados, o olhar inteligente.
Lembro-me de como preparava minha chegada e me abria os braços, a alma, a casa.
Lembro-me do café da manhã que preparava com cuidado e de como me presenteava com pequenas novidades.
Lembro-me das noites no sofá em que palavras jorravam por horas sem fim, risadas ecoavam e havia sempre algo de novo para perguntar e para contar. Lembro-me dos abraços e do amor que nos transtornava e nos fazia por vezes, perder a noção dos rumos.
Lembro-me dele a contar do passado e a me fazer sentir que o presente, comigo, era momento de vida incomparável a qualquer acontecimento anterior.
Lembro-me do tanto que crescemos juntos em todas as direções e do tanto que trocamos de nossas belezas interiores.
Lembro-me de sentir-me plena e de sentir, com ele, a plenitude.
Hoje revi em fotos o seu sorriso e com ele sorri perdendo-me em lembranças e, como quem não acha o caminho de volta, pus-me a lembrar dele, ouvir-lhe a voz, reviver momentos.
Então as musicas dele encheram a casa, aumentei o som e abri todas as janelas. Deixei que entrassem os raios de sol, o vento e os pássaros, dancei pelos cômodos e me deixei voar, rodopiando.
Os sinos tocaram alto, meu corpo se encheu de borboletas, a alegria me invadiu por completo, levantei meus braços e agradeci, alto e forte,
por ter aprendido para sempre, o que é ser feliz.
Escrito em 01/03/2009 para Z.
O sorriso sempre presente, os apartes engraçados, o olhar inteligente.
Lembro-me de como preparava minha chegada e me abria os braços, a alma, a casa.
Lembro-me do café da manhã que preparava com cuidado e de como me presenteava com pequenas novidades.
Lembro-me das noites no sofá em que palavras jorravam por horas sem fim, risadas ecoavam e havia sempre algo de novo para perguntar e para contar. Lembro-me dos abraços e do amor que nos transtornava e nos fazia por vezes, perder a noção dos rumos.
Lembro-me dele a contar do passado e a me fazer sentir que o presente, comigo, era momento de vida incomparável a qualquer acontecimento anterior.
Lembro-me do tanto que crescemos juntos em todas as direções e do tanto que trocamos de nossas belezas interiores.
Lembro-me de sentir-me plena e de sentir, com ele, a plenitude.
Hoje revi em fotos o seu sorriso e com ele sorri perdendo-me em lembranças e, como quem não acha o caminho de volta, pus-me a lembrar dele, ouvir-lhe a voz, reviver momentos.
Então as musicas dele encheram a casa, aumentei o som e abri todas as janelas. Deixei que entrassem os raios de sol, o vento e os pássaros, dancei pelos cômodos e me deixei voar, rodopiando.
Os sinos tocaram alto, meu corpo se encheu de borboletas, a alegria me invadiu por completo, levantei meus braços e agradeci, alto e forte,
por ter aprendido para sempre, o que é ser feliz.
Escrito em 01/03/2009 para Z.